A minha tia, da parte da minha mãe, que sempre me disse que tudo são recordações muito antes do Vítor Espadinha ameaçar o Bruno do Carvalho com duas “bufatadas”, e que sempre me gabou os dotes de escrita e outros que não posso nomear em voz alta, diz que vivemos numa terra de fanecas e besugos, com um entertainer na presidência à espera do cabal apuramento das responsabilidades sobre Tancos, mas a minha tia acha que ele só devia apurar o refogado de lentilhas e o traço com lápis número dois, para desenhar um triângulo isósceles, por causa das figurinhas que vai fazendo para as selfies. A minha tia também sempre me disse que eu era um bruto com pensamentos frívolos e carnais e eu, a bem dizer, sempre preferi a febra ao repolho, mas enquanto vou aguardando pela edição do romance e a entrevista à minha pessoa, mais à minha gata MEX que tem dois olhinhos de um verde vivo onde as papoilas saltitantes marcam mais golos que o clube das toupeiras, vou deitando um olhinho ao que se passa no país e no mundo e se, no mundo, a China já chegou ao lado oculto da lua e na Alemanha as vacas gordas foram pastar para outro lado, aqui, no rectângulo, o entertainer ligou para a “saloia da Malveira” a desejar boa sorte e a encomendar um conjunto de atoalhados.
Parafraseando o Francisco José Viegas, onde anda uma chuva de picaretas quando precisamos dela?
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
domingo, 6 de janeiro de 2019
VISÃO
"Sempre foi um visionário. Já na escola, quando os professores faziam a chamada, enquanto os colegas diziam presente, ele gritava futuro."
Fernando Guerreiro, IN Ficou tanto por dizer - Micro contos
quinta-feira, 3 de janeiro de 2019
sábado, 29 de dezembro de 2018
DEZ ANOS
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
A GERÊNCIA DESTA CASA
domingo, 16 de dezembro de 2018
HISTÓRIAS CURTAS
sábado, 8 de dezembro de 2018
MULTIOPTICAS
Para ele, que estava a perder a visão aos poucos, tornava-se agora mais importante recordar que esquecer, em especial, o dia em que a teve, com o vagar dos dedos e dos lábios, não chegando a perceber porque não deu certo entre eles. Ficava a vê-la da janela a sair para o trabalho, onde ela passava era a parte mais bonita da rua, as feições em sintonia com os olhos miúdos e rasgados de um azul céu, os lábios grossos adornavam
uma fileira de dentes perfeitos, formando uma boca que matava do coração sempre
que se abria num sorriso. Sem subtilezas ofereceu-se um dia para a levar a casa. Era
verão. Quando deram por isso, já se enrolavam no chão, na mesa, na máquina de
lavar, num sonho com gosto de saliva e sal.
Ela saiu ao
amanhecer, sem despedidas nem número de telefone, apenas uma mensagem singela
escrita com batom no espelho da casa de banho.
"Foi bom, mas tenho consulta no oftalmologista."
E nunca mais lhe pôs a vista em cima.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
MÁRIO & CENTENO OS RONALDOS DAS FINANÇAS
https://eco.pt/2018/12/04/centeno-pede-a-portugal-medidas-adicionais-para-cumprir-as-regras-do-euro/
Caros Mário & Centeno,
vulgo, os Ronaldos das Finanças,
Saibam Vossas Excelências
que é a segunda vez que vos escrevo sem obter resposta, percebo agora, que deve
ser o Mário a receber a carta e o Centeno a deitá-la fora. A minha tia da parte
da minha mãe, que não era tia, mas comadre, mas nós éramos pobres e
economizávamos nas palavras e chamávamos-lhe tia, também começou a falar com as vozes interiores, ela chamava-se Maria Lucinda, a Maria fazia limpezas nas
instalações da Fábrica da Pólvora na Trafaria e a Lucinda era repositora no
Continente da Amadora, aquilo dava-lhe uma trabalheira cá e lá, cá e lá que era
angustiante. Ora, ao que consta, o Mário pediu a Bruxelas medidas adicionais para
controlar esse cativador do Centeno e como eu vos compreendo e me uno, em
estreita solidariedade, ao vosso dilema pois que eu dou pelo nome de Luís Bento,
se o Luís está desempregado, o Bento anda a mandá-lo arranjar trabalho. Entre
as vossas milhentas ocupações, palestras, reuniões, viagens e o diabo a quatro,
que afinal não veio como disse o outro, mas às vezes anda dentro das nossas
cabeças quando falamos de nós na terceira pessoa, sugiro que façam umas férias
para que não vos suceda como àquela minha tia Maria Lucinda, coitada que com
tanta canseira acabou no Rilhafoles, às cabeçadas à parede, convencida que
estava, que era uma pipoca a saltar no tacho…
sábado, 1 de dezembro de 2018
LAVAR A CARA
Não mudámos de casa.
Mudámos a casa!
Um lifting mais leve e arejado já se impunha num espaço que andava um pouco ao abandono. Casa renovada para receber novos textos, crónicas e outras coisas, a pitta-shoarma, batatas fritas, colaborações e um novo romance já na fase dos finalmente.
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
CIRCO CHEN
Primeiro foram os
cornichos do Pinho, depois as viagens pagas que não existiram, a seguir o
verniz da Belinha, de caminho a password emprestada do Silvano e, por último, o Visiting Scholar Barreiras Harry Potter Duarte que conseguiu votar sem ter lá estado. Para nossa
infelicidade, a minha tia da parte da minha mãe, que levava jeito para afiambrar varas de
porcos, trapezistas e trapaceiros, já está a fazer tijolo, porque com os animais que por ali andam à
solta, na Agremiação Parlamentar na confluência da Calçada da Estrela com a
Rua de S. Bento, era senhora para abrir uma filial do Circo Chen…
sábado, 17 de novembro de 2018
ALA DE PEDIATRIA ONCOLÓGICA
A ver se todos nos entendemos:
Quando se fala da Ala pediátrica oncológica do Hospital de São João no Porto, é disto que estamos a falar: Contentores onde nem os Xutos e Pontapés se imaginariam a ensaiar. E o Manuel Alegre? Nem uma carta? Nem uma "trova do vento que passa"?
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
ENTREVISTA NOVOS LIVROS
Respondendo ao amável convite de José Nunes Carneiro uma pequena entrevista sobre… livros, ao Novos Livros - Revista de leitores para leitores
http://www.novoslivros.pt/2018/11/luis-bento-des-existir-do-improviso.html
1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Des Existir do Improviso»?
R- É uma excelente questão que me faz repensar o significado de obra, obra como objecto em construção, obra como objecto inacabado. Nesse sentido, «Des existir do Improviso» é mais uma ferramenta, ou antes, mais um pouco de argamassa num trabalho que venho a desenvolver há algum tempo e que materializa um percurso conscientemente inclusivo e aberto, ostensivamente ramificado. Este livro representa uma evolução no que escrevo, nos valores e princípios que pretendo discutir. O humor amargo, o sarcasmo, os murros no estômago, a estilística e as ideias estão lá, à semelhança de outros textos e livros do passado, mas aparecem agora (creio) de forma mais madura.
2-Esta é a segunda vez que recebe o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres: que significado tem para si?
R- Quem escreve, pretende fazer chegar a sua voz ao outro, contribuir com ideias para um debate, para uma leitura, acima de tudo para ajudar a mudar um pouco o panorama literário. Ser distinguido com um prémio literário de grande qualidade e prestígio, como é o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, ainda por cima pela segunda vez, é uma excelente motivação para ganhar experiência, curriculum e continuar a acreditar na consolidação de um projecto pessoal de escrita. Tive oportunidade de referir no passado que, mais que o valor monetário do prémio, o importante é o patrocínio para a edição do livro, o lançamento e todo o trabalho de divulgação da obra, incentivo de peso para ajudar a descobrir novos valores na poesia e na cultura conforme outras iniciativas do género da União de Freguesias Fânzeres/S. Pedro da Cova.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever ou a preparar para editar?
R- No momento, enquanto aguardo resposta para publicação de um romance de 2017 que também foi distinguido com um prémio literário, estou a ultimar a continuação dessa história que muito gostaria de ver publicada. No primeiro romance um escritor acorda em sobressalto durante a noite quando um homem de negro lhe bate à porta trazendo um jogo de xadrez debaixo do braço. Cansado das suas queixas e reclamações, o homem de negro propõe-lhe disputar uma partida, se o escritor perder, dar-lhe-á nova oportunidade de vida, apagando a sua memória sem termo de comparação com a existência anterior, não sabendo sequer, que algum dia teve uma existência anterior, se ganhar tem a liberdade de recusar a proposta... E a vertigem desenrola-se em forma de roteiro cinematográfico, entre episódios e considerações sobre a revolução, a inércia, a felicidade, a memória, a falta de vontade, uma crítica revisionista ao sebastianismo, ao pós-revolução, ao desencanto, à sociedade que leva um idoso a urinar-se, perna abaixo, numa patética tentativa de assalto a um banco, com meia dúzia de personagens sui generis convocadas com humor amargo, quase ao cair do pano, para um final inesperado… No segundo romance, para além da evolução das personagens da história anterior, surge um apresentador de televisão em cujo programa, um dos convidados morre em directo. O programa continua enquanto os outros convidados vão sustendo o corpo do morto e respondendo por ele. Quando o público se apercebe do sucedido, começa a exigir mortos em palco e então os espectadores fazem filas à porta do estúdio, a levar acamados e moribundos para ver se morrem em directo. Gera-se um debate sobre a morbidez da ideia, o desmoronamento da sociedade e, no auge das audiências, do conflito e do debate, depois de uma cena em que um filho entra em estúdio para se suicidar, também em directo, o apresentador morre subitamente…e depois… bom, e depois o melhor é esperarmos para ver quando sai o romance…
__________
Luís Bento
Des Existir do Improviso
Chiado Editora 10€
Luís Bento na Novos Livros | ENTREVISTAS
terça-feira, 30 de outubro de 2018
O MATRECO
"Diz-se às vezes da poesia
O que o matreco diz
de uma mão sem pulso."
IN, Histórias Muito Pequenas e Muito Más
Vasquinho Dasse
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
sexta-feira, 5 de outubro de 2018
NO PROGRAMA
Poster Mostra Pública e poesia urbana - 1/2 | É a vida Alvim 3/10/2018
E assim se passou uma manhã em excelente companhia. Grato ao Alvim e a toda a equipa pela sua generosidade e capacidade de divulgação de coisas novas que se fazem por aí.
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
É A VIDA ALVIM
E hoje fui um dos convidados do programa É a vida Alvim do Fernando Alvim, no Canal Q, juntamente com o Bruno Pereira e a Rita Braz para falar de Posters, Poesia, literatura, bric-à-brac e mais umas botas. O programa passa, hoje, à meia noite, na posição 98 da MEO, 70 da NOS e 19 da VODAFONE.
Resta-me agradecer ao Alvim pela sua generosidade e capacidade de divulgação de coisas novas que se fazem por aí e a toda a equipa.
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
FOI BONITA A FESTA, PÁ!
Recebendo o prémio das mãos do presidente da União de freguesias de Fânzeres/S. Pedro da Cova Pedro Miguel Vieira
Sessão de auógrafos
Apresentação do livro pela Cláudia Maria Neves, entre Maria José Cardoso e Pedro Miguel Vieira
Para além do prémio monetário e da edição do livro, uma peça muito bonita
"Há, efectivamente, mais vida para além do Orçamento e mais vida para além de Lisboa. Com ideias e vontade se vai desenhando o futuro. Quero aqui registar o meu apreço pelas iniciativas de âmbito cultural levadas a cabo pela Junta da União das freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova."
Palavras ditas na 24ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres que volto a sublinhar e, mais uma vez, registar o meu agradecimento pela amizade, pelo carinho, pela forma como fui tratado pela organização do Prémio, que culminou numa cerimónia com música e poesia na Casa de Montezelo, com apresentação do livro pela Cláudia Maria Neves e excelente declamação de alguns poemas selecionados por Cidália Santos.
http://www.fanzeres-saopedrodacova.pt/index.php/noticias-2/noticia/34-destaque-2/1910-premio-nacional-de-poesi
https://www.wook.pt/livro/des-existir-do-improviso-luis-bento/22239960
http://www.fanzeres-saopedrodacova.pt/index.php/noticias-2/noticia/34-destaque-2/1910-premio-nacional-de-poesi
https://www.wook.pt/livro/des-existir-do-improviso-luis-bento/22239960
sábado, 15 de setembro de 2018
TEMOS LIVRO!
Lançamento do Livro vencedor - da 27.ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres
"Des Existir do Improviso", de Luís Bento 30 de setembro | 21h30 | Casa de Montezelo.
A Cerimónia contará com um momento Musical e declamação de Cidália Santos.
No final será servido um Porto de Honra
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
CENTRO DE ESTUDOS MÁRIO CLÁUDIO
O meu texto "A Pintora em Festa", foi incluído na Antologia de Contos 2018 do Centro de estudos Mário Cláudio o que me deixa orgulhoso e reconhecido. Grato ao júri e à organização!
quarta-feira, 18 de julho de 2018
VACA LEITEIRA
A gerência deste blog adverte que qualquer semelhança entre este personagem e uma "vaca leiteira" é pura coincidência do foro bovino.
sexta-feira, 29 de junho de 2018
NADADOR SALVADOR
Escritores desempregados, candidatos a emprego sazonal como nadadores-salvadores no litoral alentejano, pensam em metáforas e metonímias sobre o mar enquanto salvam pessoas.
quinta-feira, 31 de maio de 2018
27ª edição Prémio Nacional Vila de Fânzeres 2018
http://fanzeres-saopedrodacova.pt/index.php/noticias-2/noticia/34-destaque-2/1832-luis-bento-vencedor-de-poesia
A Junta das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova anuncia com agrado, que o concorrente Luís Alberto Gonçalves Bento foi o vencedor da 27.ª edição do Concurso Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, com a obra “Des Existir do Improviso”, pseudónimo Miguel Barbosa.
O Prémio Nacional de Poesia, com início em 1990, conseguiu afirmar-se nesta jovem Vila – Fânzeres, tendo conseguido ultrapassar, quer as fronteiras da freguesia, quer do concelho de Gondomar, com concorrentes de todo o território Nacional.
É com enorme alegria que verificamos o aumento de participantes nesta 27.ª edição, tendo já ultrapassado a meia centena, facto que já não se verificava há mais de 20 anos, bem como a excelente qualidade das obras apresentadas, facto salientado pelo júri.
A Junta de Freguesia, motivada também pela crescente participação e carinho demonstrado pelos concorrentes ao longo destes anos, pretende dar continuidade a este prémio, valorizando todos aqueles que têm uma grande paixão por este género literário.
Queremos, por último, agradecer a colaboração inestimável dos membros do júri, Luís Fonseca Raimundo, editor executivo da Chiado Editora, Professoras Maria Olinda Soares e Maria Augusta Lopes, que que com entusiasmo e dedicação, analisaram as obras apresentadas.
O Prémio Nacional de Poesia, com início em 1990, conseguiu afirmar-se nesta jovem Vila – Fânzeres, tendo conseguido ultrapassar, quer as fronteiras da freguesia, quer do concelho de Gondomar, com concorrentes de todo o território Nacional.
É com enorme alegria que verificamos o aumento de participantes nesta 27.ª edição, tendo já ultrapassado a meia centena, facto que já não se verificava há mais de 20 anos, bem como a excelente qualidade das obras apresentadas, facto salientado pelo júri.
A Junta de Freguesia, motivada também pela crescente participação e carinho demonstrado pelos concorrentes ao longo destes anos, pretende dar continuidade a este prémio, valorizando todos aqueles que têm uma grande paixão por este género literário.
Queremos, por último, agradecer a colaboração inestimável dos membros do júri, Luís Fonseca Raimundo, editor executivo da Chiado Editora, Professoras Maria Olinda Soares e Maria Augusta Lopes, que que com entusiasmo e dedicação, analisaram as obras apresentadas.
Surpreendido e muito feliz, é como me sinto por ter sido distinguido com a 27ª Edição do Prémio Nacional da Vila de Fânzeres. Recebi a notícia no dia da defesa da Dissertação de Mestrado, uma grata surpresa que tornou o meu dia bem melhor. Resta-me ainda agradecer o carinho, a simpatia e a condução do processo burocrático por parte da Drª Maria José Cardoso. Uma distinção que, obviamente, constitui um excelente incentivo para mais produção literária.
segunda-feira, 21 de maio de 2018
TODOS OS DIAS SÃO MEUS
Acabei de ler, de um fôlego, o livro
“Todos os dias são meus” da autoria de Ana Saragoça, actriz, tradutora,
escritora, mulher de sete ofícios, editado pela Planeta e digo de um fôlego porque a
história, que se desenrola num prédio onde ocorreu um crime, escrita com grande
mestria, nos empurra, página após página, para a necessidade de descobrir o culpado, o quanto antes. O
ritmo é vertiginoso, todos contam a sua história com ironia fina, da porteira
ao quadro da empresa, da namorada do engenheiro que deixa a polícia com calores
aos gémeos hiper-activos, à excepção da vítima, num tom lento, terra a terra,
apagado como toda a sua figura. Ficamos a saber quem foi o culpado umas páginas
antes do fim, superiormente construído. Com prefácio de Mário de Carvalho, o livro
sendo leve, tem argumentos de peso na forma como a autora nos revela o absoluto domínio com que brinca
com as palavras. Dizem que é o primeiro romance. Aguardamos, com ansiedade, pelo segundo…
segunda-feira, 7 de maio de 2018
NOS 200 ANOS DE KARL MARX
Só Karl Marx com o
seu materialismo dialéctico e a exploração do homem pelo homem estava certo: tudo
o que existe e move o mundo é material. Tudo o que existe e é material, e faz
mover o mundo leva à exploração do homem, assim, se desmaterializarmos, na
essência e na substância, aquilo que faz mover o mundo, conseguimos explorar o
homem sem ele dar por isso…é a essência e a substância das redes...
quinta-feira, 3 de maio de 2018
RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM
Retrato do artista quando jovem...
E quando "vamos à terra" e descobrimos, na casa da avó, aquela fotografia de fevereiro de 1966, dos "Studios Silva Couto", em Campolide, onde hoje existe um cabeleireiro. Tradicionalmente, a fotografia era tirada ou a simular um telefonema, agarrado ao aparelho ou com um peluche. Marketing e modas de outras eras...
segunda-feira, 23 de abril de 2018
FRAGMENTO
Medium |
Sou um fragmento sem explicação, sem porto de partida nem ninguém para esperar à chegada. Somos vítimas do abismo feito de lençóis e da vontade do verão em querer ir embora, uma improbabilidade matemática na poeira cósmica e infinita do universo, onde só interessa a linha de crédito a seis meses, sem juros e a náusea que sinto já não sei porquê. Ontem tinha menos anos que hoje, menos rugas e mais paciência. Família? Vai bem obrigado! Ainda acordo, sem grandes certezas, todas as manhãs, ainda moro na mesma rua, na mesma casa, no mesmo corpo.
Desencontrámo-nos. O tempo corre depressa, eu penso devagar
E nesse hiato poético,
Anoiteço.
Desencontrámo-nos. O tempo corre depressa, eu penso devagar
E nesse hiato poético,
Anoiteço.
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