Somos sempre mais do que nos imaginamos.
Lugar de passagem é assim, com prazer e algum proveito, o tempo com açaime, a memória a fugir a toda a brida e o sangue a correr mais agitado que o normal, gradualmente enquanto o desejo nasce, alheio ao fervilhar da cidade pouco maior que o nosso quarto.
Vejo no consolo dos presságios, o início remoto de mais um dia no seguimento de um encontro íntimo, com a luminosidade forte a encandear o futuro e um corpo em desajuste, que não cabe na norma.
Atravesso a rua e um furgão pára no sinal vermelho sobressai em maiúsculas bold e laranja florescente, a palavra NACEX, o sinal abre e o furgão da NACEX avança.
Entretanto desapareço na multidão, numa identidade territorial carregada de imagens.