terça-feira, 26 de junho de 2012

A CAIXA DE MEMÓRIAS

De meu mesmo tenho muito pouco…  Um relógio a encher-se de horas,duas pilhas de livros para ler, quatro folhas de papel para imprimir, selos, clips, lápis e borracha, conchas, peixes e um aquário de plástico, rifas de quermesse,  versos do Pessoa em desalinho, os calções de bombazine da primeira comunhão,  a caneta de tinta permanente da quarta classe,  o cheiro do arroz doce com canela da minha mãe, uma caixa de memórias  para arrumar e o  brilho de três estrelas a reluzir confidências num canto do céu, azul escuro e espesso, infinito, do tamanho da saudade de chumbo dos soldadinhos da infância…

1 comentário:

  1. memórias, quem as não tem... (pronto OK, alguém que padeça de falta de memória)

    mas de facto, memórias são muitas, entre boas, más e assim a assim.

    os dias de escola primária, a relevância que podia ter um pedaço de tijolo limado a fazer passar por uma pseudo pistola e toda a bonecada que lá se ia tendo

    o primeiro beijo, o segundo e o terceiro.

    bem, vou ali bater com a cabeça na parede e chamar-me quase quota e já volto

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