De meu mesmo tenho muito pouco… Um relógio a encher-se de horas,duas pilhas de livros para ler, quatro folhas de papel para imprimir, selos, clips, lápis e borracha, conchas, peixes e um aquário de plástico, rifas de quermesse, versos do Pessoa em desalinho, os calções de bombazine da primeira comunhão, a caneta de tinta permanente da quarta classe, o cheiro do arroz doce com canela da minha mãe, uma caixa de memórias para arrumar e o brilho de três estrelas a reluzir confidências num canto do céu, azul escuro e espesso, infinito, do tamanho da saudade de chumbo dos soldadinhos da infância…
memórias, quem as não tem... (pronto OK, alguém que padeça de falta de memória)
ResponderEliminarmas de facto, memórias são muitas, entre boas, más e assim a assim.
os dias de escola primária, a relevância que podia ter um pedaço de tijolo limado a fazer passar por uma pseudo pistola e toda a bonecada que lá se ia tendo
o primeiro beijo, o segundo e o terceiro.
bem, vou ali bater com a cabeça na parede e chamar-me quase quota e já volto