Um excerto do meu artigo de Novembro na revista MEER, que podem ler e comentar selecionando o link.
Serviços mínimos
Um colectivo em permanente algazarra
E o tirocínio continuou, desta vez sobre o privilégio de se estar vivo, que todos tinham mais a agradecer do que a reclamar, da mãe de uma que morreu com quarenta e cinco anos e a deixou órfã com quatro anos, outra que não aguentava o cheiro a xixi de velho pela casa, do pai com alzeihmer e que precisava de cuidados médicos e um rol de desgraças de que me desliguei rapidamente, tudo me soava igual: histórias remendadas com mais ou menos moralismo. Estamos todos em serviços mínimos, pensei. Falta-nos empatia, falta-nos espanto. Por isso vou escrevendo umas coisas, linhas e rabiscos à procura de qualquer coisa de sublime que me proteja da pequenez que nos afoga.

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