domingo, 6 de abril de 2025

O REGRESSO DOS ANDORINHÕES


 

O livro é uma edição de 2022, 802 páginas, só agora o descobri, mas vale muito a pena. O retrato de uma classe média perdida, exausta e em constante fragmentação.


“Chega um dia em que uma pessoa, por mais parva que seja, começa a compreender certas coisas. A mim aconteceu-me a meio da adolescência, talvez um pouco mais tarde, pois fui um rapaz de desenvolvimento lento e, segundo Amalia, incompleto. 

À estranheza inicial seguiu-se a decepção e depois já foi tudo um arrastar-me pelos chãos da vida. Houve épocas em que me identificava com as lesmas. Não digo isto por ser feio e viscoso nem por hoje ter tido um dia mau, mas sim pela maneira como estes bichos se deslocam e pela existência que têm, dominada pela lentidão e pela monotonia.

Não vou durar muito. Um ano. Porquê um ano? Não faço ideia. Mas esse é o meu limite último.”

sábado, 5 de abril de 2025

POLAROID

 



Cristina Ferreira em anúncios da Betclic, chocolate do Dubai, desmaios no “Casados à primeira vista”, Tiago Grila a gozar com a GNR e a CMTV, pionés, jacarandás, mais de 30 mil viram vídeo de alegada violação em Loures.

Polaroid de um país à beira-mar adiado.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

REVISTA MEER - ARTIGO DE ABRIL



O meu artigo de Abril na revista MEER.

Um texto sobre a vulnerabilidade.
“Nada lamento na existência, nem desaires, nem acidentes, assim como já não me emociono nem com a desgraça nem com o elogio. A vida tornou-se num submisso estado de observação.”