quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

sábado, 29 de dezembro de 2018

DEZ ANOS

Rob Bailey

Passaram-se dez anos e um divórcio. 
Vendemos a casa de praia, mudei de cidade,  de figura  e de perspectiva. 
Ela casou de novo. 
E eu… Senti a falta da vista de mar… 



segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

A GERÊNCIA DESTA CASA



Mina Braun



A gerência desta casa deseja a todos um Bom Natal e um Próspero Ano Novo.

Parece um cliché, mas não é!

domingo, 16 de dezembro de 2018

HISTÓRIAS CURTAS

Andre Poffe

Às vezes escrevo para fazer jeito ao dedo,  até chegar aquele texto. Outras para me tornar melhor. Não é que a salvação esteja na escrita, mas um dia a vida vai acabar de qualquer maneira e a noite é demasiado longa para histórias curtas...

sábado, 8 de dezembro de 2018

MULTIOPTICAS





Para ele, que estava a perder a visão aos poucos, tornava-se agora mais importante recordar que esquecer, em especial, o dia em que a teve, com o vagar dos dedos  e dos lábios, não chegando a perceber porque não deu certo entre eles. Ficava a vê-la da janela a sair para o trabalho, onde ela passava era a parte mais bonita da rua, as feições em sintonia com os olhos miúdos e rasgados de um azul céu, os lábios grossos adornavam uma fileira de dentes perfeitos, formando uma boca que matava do coração sempre que se abria num sorriso. Sem subtilezas ofereceu-se um dia para a levar a casa. Era verão. Quando deram por isso, já se enrolavam no chão, na mesa, na máquina de lavar, num sonho com gosto de saliva e sal. 
Ela saiu ao amanhecer, sem despedidas nem número de telefone, apenas uma mensagem singela escrita com batom no espelho da casa de banho. 
"Foi bom, mas tenho consulta no oftalmologista." 
E nunca mais lhe pôs a vista em cima.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

MÁRIO & CENTENO OS RONALDOS DAS FINANÇAS





Caros Mário & Centeno, vulgo, os Ronaldos das Finanças,

Saibam Vossas Excelências que é a segunda vez que vos escrevo sem obter resposta, percebo agora, que deve ser o Mário a receber a carta e o Centeno a deitá-la fora. A minha tia da parte da minha mãe, que não era tia, mas comadre, mas nós éramos pobres e economizávamos nas palavras e chamávamos-lhe tia, também começou a falar com as vozes interiores, ela chamava-se Maria Lucinda, a Maria fazia limpezas nas instalações da Fábrica da Pólvora na Trafaria e a Lucinda era repositora no Continente da Amadora, aquilo dava-lhe uma trabalheira cá e lá, cá e lá que era angustiante. Ora, ao que consta, o Mário pediu a Bruxelas medidas adicionais para controlar esse cativador do Centeno e como eu vos compreendo e me uno, em estreita solidariedade, ao vosso dilema pois que eu dou pelo nome de Luís Bento, se o Luís está desempregado, o Bento anda a mandá-lo arranjar trabalho. Entre as vossas milhentas ocupações, palestras, reuniões, viagens e o diabo a quatro, que afinal não veio como disse o outro, mas às vezes anda dentro das nossas cabeças quando falamos de nós na terceira pessoa, sugiro que façam umas férias para que não vos suceda como àquela minha tia Maria Lucinda, coitada que com tanta canseira acabou no Rilhafoles, às cabeçadas à parede, convencida que estava, que era uma pipoca a saltar no tacho…

sábado, 1 de dezembro de 2018

LAVAR A CARA



Não mudámos de casa.

Mudámos a casa! 

Um lifting mais leve e arejado já se impunha num espaço que andava um pouco ao abandono. Casa renovada para receber novos textos, crónicas e outras coisas, a pitta-shoarma,  batatas fritas, colaborações e um novo romance já na fase dos finalmente.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

CIRCO CHEN




Primeiro foram os cornichos do Pinho, depois as viagens pagas que não existiram, a seguir o verniz da Belinha, de caminho a password emprestada do Silvano e, por último, o Visiting Scholar Barreiras Harry Potter Duarte que conseguiu votar sem ter lá estado. Para nossa infelicidade, a minha tia da parte da minha mãe, que levava jeito para afiambrar varas de porcos, trapezistas e trapaceiros, já está a fazer tijolo, porque com os animais que por ali andam à solta, na Agremiação Parlamentar na confluência da Calçada da Estrela com a Rua de S. Bento, era senhora para abrir uma filial do Circo Chen

sábado, 17 de novembro de 2018

ALA DE PEDIATRIA ONCOLÓGICA






A ver se todos nos entendemos:

Quando se fala da Ala pediátrica oncológica do Hospital de São João no Porto, é disto que estamos a falar: Contentores onde nem os Xutos e Pontapés se imaginariam a ensaiar. E o Manuel Alegre? Nem uma carta? Nem uma "trova do vento que passa"?



quinta-feira, 15 de novembro de 2018

ENTREVISTA NOVOS LIVROS




Respondendo ao amável convite de José Nunes Carneiro uma pequena entrevista sobre… livros, ao Novos Livros - Revista de leitores para leitores

http://www.novoslivros.pt/2018/11/luis-bento-des-existir-do-improviso.html


1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Des Existir do Improviso»?
R- É uma excelente questão que me faz repensar o significado de obra, obra como objecto em construção, obra como objecto inacabado. Nesse sentido, «Des existir do Improviso» é mais uma ferramenta, ou antes, mais um pouco de argamassa num trabalho que venho a desenvolver há algum tempo e que materializa um percurso conscientemente inclusivo e aberto, ostensivamente ramificado. Este livro representa uma evolução no que escrevo, nos valores e princípios que pretendo discutir. O humor amargo, o sarcasmo, os murros no estômago, a estilística e as ideias estão lá, à semelhança de outros textos e livros do passado, mas aparecem agora (creio) de forma mais madura.

2-Esta é a segunda vez que recebe o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres: que significado tem para si?
R- Quem escreve, pretende fazer chegar a sua voz ao outro, contribuir com ideias para um debate, para uma leitura, acima de tudo para ajudar a mudar um pouco o panorama literário. Ser distinguido com um prémio literário de grande qualidade e prestígio, como é o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, ainda por cima pela segunda vez, é uma excelente motivação para ganhar experiência, curriculum e continuar a acreditar na consolidação de um projecto pessoal de escrita.  Tive oportunidade de referir no passado que, mais que o valor monetário do prémio, o importante é o patrocínio para a edição do livro, o lançamento e todo o trabalho de divulgação da obra, incentivo de peso para ajudar a descobrir novos valores na poesia e na cultura conforme outras iniciativas do género da União de Freguesias Fânzeres/S. Pedro da Cova.

3-Pensando no futuro: o que está a escrever ou a preparar para editar?
R- No momento, enquanto aguardo resposta para publicação de um romance de 2017 que também foi distinguido com um prémio literário, estou a ultimar a continuação dessa história que muito gostaria de ver publicada. No primeiro romance um escritor acorda em sobressalto durante a noite quando um homem de negro lhe bate à porta trazendo um jogo de xadrez debaixo do braço. Cansado das suas queixas e reclamações, o homem de negro propõe-lhe disputar uma partida, se o escritor perder, dar-lhe-á nova oportunidade de vida, apagando a sua memória sem termo de comparação com a existência anterior, não sabendo sequer, que algum dia teve uma existência anterior, se ganhar tem a liberdade de recusar a proposta... E a vertigem desenrola-se em forma de roteiro cinematográfico, entre episódios e considerações sobre a revolução, a inércia, a felicidade, a memória, a falta de vontade, uma crítica revisionista ao sebastianismo, ao pós-revolução, ao desencanto, à sociedade que leva um idoso a urinar-se, perna abaixo, numa patética tentativa de assalto a um banco, com meia dúzia de personagens sui generis convocadas com humor amargo, quase ao cair do pano, para um final inesperado… No segundo romance, para além da evolução das personagens da história anterior, surge um apresentador de televisão em cujo programa, um dos convidados morre em directo. O programa continua enquanto os outros convidados vão sustendo o corpo do morto e respondendo por ele. Quando o público se apercebe do sucedido, começa a exigir mortos em palco e então os espectadores fazem filas à porta do estúdio, a levar acamados e moribundos para ver se morrem em directo. Gera-se um debate sobre a morbidez da ideia, o desmoronamento da sociedade e, no auge das audiências, do conflito e do debate, depois de uma cena em que um filho entra em estúdio para se suicidar, também em directo, o apresentador morre subitamente…e depois… bom, e depois o melhor é esperarmos para ver quando sai o romance…
__________
Luís Bento
Des Existir do Improviso
Chiado Editora  10€

Luís Bento na Novos Livros | ENTREVISTAS

terça-feira, 30 de outubro de 2018

O MATRECO




"Diz-se às vezes da poesia
O que o matreco diz
de uma mão sem pulso."

IN, Histórias Muito Pequenas e Muito Más 
Vasquinho Dasse

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

CORPOS





"Sou dois corpos em dias alternados.
Nuns sou instrumento da felicidade e da sabedoria,
Noutros sou produto da razão.
Na maior parte das vezes nenhum deles sai de casa,
limitando-me a olhar, da janela, o mundo que o poeta escreveu."
IN, Des Existir do Improviso

O CUSTO


No fundo é isto… 

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

NO PROGRAMA




Poster Mostra Pública e poesia urbana - 1/2 | É a vida Alvim 3/10/2018

E assim se passou uma manhã em excelente companhia. Grato ao Alvim e a toda a equipa pela sua generosidade e capacidade de divulgação de coisas novas que se fazem por aí.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

É A VIDA ALVIM





E hoje fui um dos convidados do programa É a vida Alvim do Fernando Alvim, no Canal Q, juntamente com o Bruno Pereira e a Rita Braz para falar de Posters, Poesia, literatura, bric-à-brac e mais umas botas. O programa passa, hoje, à meia noite, na posição 98 da MEO, 70 da NOS e 19 da VODAFONE.


Resta-me agradecer ao Alvim pela sua generosidade e capacidade de divulgação de coisas novas que se fazem por aí e a toda a equipa.


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

FOI BONITA A FESTA, PÁ!



Recebendo o prémio das mãos do presidente da União de freguesias de Fânzeres/S. Pedro da Cova Pedro Miguel Vieira



Sessão de auógrafos


Apresentação do livro pela Cláudia Maria Neves, entre Maria José Cardoso e Pedro Miguel Vieira



Para além do prémio monetário e da edição do livro, uma peça muito bonita


"Há, efectivamente, mais vida para além do Orçamento e mais vida para além de Lisboa. Com ideias e vontade se vai desenhando o futuro. Quero aqui registar o meu apreço pelas iniciativas de âmbito cultural levadas a cabo pela Junta da União das freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova."

Palavras ditas na 24ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres que volto  a sublinhar e, mais uma vez, registar o meu agradecimento pela amizade, pelo carinho, pela forma como fui tratado pela organização do Prémio, que culminou numa cerimónia com música e poesia na Casa de Montezelo, com apresentação do livro pela Cláudia Maria Neves e excelente declamação de alguns poemas selecionados por Cidália Santos.

http://www.fanzeres-saopedrodacova.pt/index.php/noticias-2/noticia/34-destaque-2/1910-premio-nacional-de-poesi

https://www.wook.pt/livro/des-existir-do-improviso-luis-bento/22239960




sábado, 15 de setembro de 2018

TEMOS LIVRO!





Lançamento do Livro vencedor - da 27.ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres


"Des Existir do Improviso", de Luís Bento 30 de setembro | 21h30 | Casa de Montezelo.

A Cerimónia contará com um momento Musical e declamação de Cidália Santos.


No final será servido um Porto de Honra

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

CENTRO DE ESTUDOS MÁRIO CLÁUDIO





O meu texto "A Pintora em Festa", foi incluído na Antologia de Contos 2018 do Centro de estudos Mário Cláudio o que me deixa orgulhoso e reconhecido. Grato ao júri e à organização!


quarta-feira, 18 de julho de 2018

VACA LEITEIRA






A gerência deste blog adverte que qualquer semelhança entre este personagem e uma "vaca leiteira" é pura coincidência do foro bovino.