sexta-feira, 29 de abril de 2016

TODOS OS DIAS



Malika Favre - On the Draw - handsome Frank illustration agency







Contigo, a inocência nasce todos os dias, pela manhã...




quinta-feira, 28 de abril de 2016

MEDIA MARKET









Coisas que aparecem na caixa do correio... 

A Media Market a vender vibradores com o sugestivo preço de 69 Euros, entre telemóveis, máquinas de lavar e fogões...

APP para IOS e ANDROID, 12 frequências e 10 modos de vibração, AH ! E tem conexão Bluetooth !
 
 "Eu é que não sou parvo

Pois... Tá bem!




sábado, 16 de abril de 2016

POESIA




Douglas Hale

STUDIO SHOOT REFERENCE / COLLAGE 

 

 

" A poesia sinaliza essa alegria de nos sabermos históricos, incompletos, abertos ao futuro, radicalmente por fazer."

Manuel Gusmão,  IN Café Com Letras

BERLOKE






Então e hoje o Berloke de Exkerde vai discutir o quê? O sexismo e a desigualdade de género da expressão "Homo Sapiens" ?

sábado, 9 de abril de 2016

SÁBADO DE MANHÃ



“Fernando Pessoa #1”
by Paulo Galindro
Digital illustration on iPad

A manhã acordou cinzenta, um pouco fria, neste sábado de Abril que, supostamente, ainda trará um pouco de sol. Às vezes é assim mesmo: apetece deitar na relva, mesmo que molhada, esquecer o que se aprendeu, adormecer sem hora marcada, revisitar Pessoa, as imagens do Paulo Galindro ou um texto do "Avessos"...

Um dia vou conhecer o mar
E a sombra sob os plátanos do meu jardim
Vou pegar no novelo e desmanchar o mundo
E arranjar uma rima
E esquecer fantasmas
Vou deixar de ser cínico
E ensaiar um novo amor
Para me distrair desse tédio…


sexta-feira, 8 de abril de 2016

CAFÉ COM LETRAS







Já cá canta o primeiro número da revista Café com Letras da editora nota de rodapé edições, dirigida pela Maria João Cantinho. E começa bem. Uma composição gráfica irrepreensível, duas entrevistas de fundo com Ana Pato e Manuel Gusmão notas e apontamentos sobre o neo-realismo, Saramago, Graça Pires, Mário Dionísio e tantos outros, um excelente editorial, sóbrio e cuidado sobre a paixão que nos move: a literatura. “  Não é aleatória a escolha do titulo do dossier para o primeiro número da revista: “Literatura portuguesa e resistência”. Queremos marcar, desde o princípio, esta vocação da linguagem, da literatura e da cultura como oposição à actual tendência de rasurar e de silenciar o pensamento de fôlego. Constatamos hoje o nível de redução dos conteúdos culturais a um nível de toxicidade alarmante, bem como se abandona cada vez mais a leitura, substituindo-a pela omnipresença da tecnologia, com todo o seu aparato.” 
O lançamento é dia 9 de Abril. A não perder.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

AS BOFETADAS DO JOÃO SOARES








O despudor e a falta de respeito pela democracia manifestam-se quando o verniz estala diante da opinião contrária de quem governa. No tempo do Eça de Queiroz resolviam-se as coisas à bengalada, no estado islâmico decepam-se umas cabeças, no Governo de Portugal prometem-se bofetadas. Quem tem a função de governar, função essa suportada pela nossa carga fiscal, não pode produzir declarações de ameaça, de violência, ódio ou da mais vil e abjecta boçalidade. Sinceramente, não foi para isto que se exigiu um Ministério da Cultura, bastava-lhe marcar o ponto na manjedoura do Parlamento, ir a umas Vernissages e lançamentos de Opúsculos e fazer o seu habitual retiro com os amigos em Óbidos. “Mais vale burro que me leve que cavalo que me derrube,” pois creia-me vossa excelência que como ministro da cultura, não carrega nem derruba, que a cultura é coisa maior que o senhor, o senhor ministro da cultura é uma nódoa que há-de sair com benzina, como diz o outro, até lá, apetece dizer como disse o senhor seu pai, faz já um ror de tempo, quando afastou com muita deselegância (como é apanágio do clã) um polícia que insistia em fazer a escolta do presidente: 

Ò Homem ! Desapareça!

Ministro da cultura promete bofetadas a colunistas do Público... https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/ministro-da-cultura-ameaca-dar-bofetadas-a-colunistas-do-publico-1728385

terça-feira, 5 de abril de 2016

ANDAR AOS PAPÉIS






Quando era miúdo a televisão ainda era a preto e branco, as notícias andavam a passo e o tempo adormecia entre a ausência do supérfluo e a falta do essencial. Na escola aprendíamos a pautar a vida pela ética, pelo estudo, pelo trabalho e pela higiene para andarmos de cabeça erguida. Os tempos mudaram, os escrúpulos perderam-se, a ética tornou-se espécie em vias de extinção, o trabalho deixou de ser referência e, para alguns, a flexibilidade da coluna vertebral deixou de ser problema, passaram a vestir camisas de marca sem preocupação com os colarinhos sujos desde que não se visse... A nossa indiferença fez o resto: tornou-os obscenamente ricos, hipotecou o nosso presente e agora... Andamos todos aos papéis...