sexta-feira, 13 de maio de 2016

MÃO-DE-OBRA



Antony Gomley




As palavras são teimosas e sem idade, sem caminho ou companhia. O amor está parado por falta de mão-de-obra e, no final, é sempre melhor esperar que o vento mude, enquanto se movem os girassois e a tarde se estende com vontade de ser luar.

CAFÉ COM LETRAS Nº2





Já cá canta! Era o penúltimo exemplar à venda na papelaria da Faculdade de Letras de Lisboa.
Absolutamente brilhante, uma excelente entrevista com Maria Teresa Horta, a literatura lusófona no feminino, a viagem à intimidade do sexo líquido e asséptico da pós-modernidade, o feminismo depois de Simone de Beauvoir, crítica literária, a crónica do Possidónio Cachapa e muito, muito mais. Um segundo número ainda melhor que o primeiro e a deixar um grande desafio para o terceiro...

TAMANHO DO PÉNIS




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Segundo tudo aquilo que me chega por mail diariamente: notícias, mexericos, comentários e estudos, só não sou feliz porque não quero, pois tenho a possibilidade de aumentar o tamanho do pénis até quinze vezes em quinze dias, reclamar o prémio de cinco milhões de dólares da lotaria da Nigéria, de que fui o único e feliz contemplado, bastando, para isso, enviar a minha identificação e IBAN para receber a bela maquia, fiquei também a saber que no Burkina Faso vive uma menina ardente, doutorada, alta, loura, sem namorado ou pretendente, muito carente e com muita vontade de me conhecer. De caminho posso ficar por dentro dos segredos mais sórdidos do Vaticano, ter acesso único e exclusivo às provas irrefutáveis de vida em Marte, que a NASA fez todos os possíveis por esconder do mundo ao longo destes anos, receber o meu quinhão de uma herança de um antigo monarca da Mongólia ou fazer uma corrente que me livrará de todo o mal e inveja por trinta e duas gerações. 
A vida, assim, parece fácil e o mundo não é nada esquisito, não senhor.