segunda-feira, 21 de maio de 2018

TODOS OS DIAS SÃO MEUS







Acabei de ler, de um fôlego, o livro “Todos os dias são meus” da autoria de Ana Saragoça, actriz, tradutora, escritora, mulher de sete ofícios, editado pela Planeta e digo de um fôlego porque a história, que se desenrola num prédio onde ocorreu um crime, escrita com grande mestria, nos empurra, página após página, para a necessidade de descobrir o culpado, o quanto antes. O ritmo é vertiginoso, todos contam a sua história com ironia fina, da porteira ao quadro da empresa, da namorada do engenheiro que deixa a polícia com calores aos gémeos hiper-activos, à excepção da vítima, num tom lento, terra a terra, apagado como toda a sua figura. Ficamos a saber quem foi o culpado umas páginas antes do fim, superiormente construído. Com prefácio de Mário de Carvalho, o livro sendo leve, tem argumentos de peso na forma como a autora nos revela o absoluto domínio com que brinca com as palavras. Dizem que é o primeiro romance. Aguardamos, com ansiedade, pelo segundo…

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